Santarém

Santarém é a capital de distrito com o mesmo nome, o terceiro maior distrito português, onde podemos visitar as seguintes cidades Santarém, Entroncamento, Abrantes, Tomar, Torres Novas, Almeirim, Cartaxo, Coruche e Rio Maior. É uma cidade que ronda os 62.000 habitantes segundo os dados de 2012, nasceu pela conquista de D. Afonso Henriques aos Mouros, na noite de 15 de Março de 1147, à mercê de um pequeno exército liderado pelo nosso Rei. Nesse tempo, era denominada por Scallabis ou Scallabicastrum, nome que advinha do tempo da sua povoação romana onde imperava o Império Romano até 715, onde passou para a posse dos Mouros. Com as invasões dos Alanos e dos Vândalos passou a ser designada por Santa Irene de onde deriva nome de Santa Iria, a mesma Santa que ainda hoje podemos observar num azulejo na Estação de Caminhos de Ferro de Santarém. Com a introdução do cristianismo e a construção de vários mosteiros e conventos ganhou uma grande importância para divisão administrativa eclesiástica, que foi perdendo ao longo dos tempos para Lisboa.

Foi do nome da Santa Iria que derivou o actual nome de Santarém. O seu foral remonta a 1095.

No entanto, a sua história não se inicia no Império Romano, remonta aos tempos dos Fenícios, dos gregos e dos Cartagineses que lhe conferiram uma mitologia milenar rica em tradições e culturalmente viva.

Foi no tempo do Império Romano que se tornou no principal entreposto comercial do médio Tejo e num dos mais importantes centros administrativos da província Lusitânia.

Em Santarém existem várias lendas acerca da sua origem. A primeira delas está relacionada com a mitologia Greco-Romana e reza que o príncipe Abidis, que resulta de uma relação do Rei Ulisses de Ítaca com a Rainha Calipso, foi dado ao abandono pelo seu avô Gorgoris, Rei dos Cunetas, que o lançou às águas do do Rio Tejo, dentro de uma cesta. Como por milagre a cesta, que albergava o príncipe, aportou na praia de Santarém, onde uma cerva o criou. Tempos mais tarde, Abidis foi reconhecido pela sua própria mãe, Calipso, tornando-se assim legítimo herdeiro ao trono. A Santarém deu o nome Esca Abidis que significava o "manjar de Abidis" e daí se julga ter vindo o nome Scalabis. A segunda das lendas mais reconhecidas pelos Scalabitanos é a da Santa Iria. A lenda de Santa Iria conta que Iria, uma linda donzela, um dia viria a ser violada, e posteriormente morta e atirada ao Rio Tejo. O seu corpo deu à margem da Ribeira de Santarém que mostrou o seu corpo afastando as águas à sua volta. Por este pequeno “ milagre”, esta donzela tornou-se Santa, a Santa Iria.

Santarém possui um vasto património, rico em diversidade, apesar de ser chamada de "Capital do Gótico", Santarém é, hoje, uma cidade com apenas um vislumbre de todo o património arquitectónico que já possuiu. Almeida Garrett, na sua obra, mais concretamente no seu romance "Viagens na Minha Terra", já referia a decadência e incúria a que eram votados muitos dos ilustres edifícios da cidade. Ainda assim, é uma cidade que merece visitar, onde podemos encontrar paisagens magníficas das lezírias e do Rio Tejo, a Torre das Cabaças e a Igreja de Marvila, entre inúmeras outras maravilhas do seu rico património.

Vale a pena visitar, em final Outubro e inicio de Novembro para aproveitar o Festival Nacional de Gastronomia, realizado todos os anos, onde podemos apreciar a famosa Sopa de Pedra, a doçaria, o vinho, o azeite, as carnes e tantas outras iguarias nacionais e locais.