terça-feira, 25 de setembro de 2012

O futuro da via férrea !



Quando se viaja por Portugal ao longo das suas vias férreas podemos observar o grande abandono das suas vias férreas. A única via que escapa é a linha do Norte, mais concretamente Lisboa/Braga.

Portugal viveu muitos anos um esquecimento no investimento nas infra-estruturas ferroviárias e uma aposta nas vias de asfalto e cimento que muito nos trazem custos com as ditas parcerias público privadas.

Não longe de nós, pela Europa fora podemos observar que as cadeias logísticas e o transporte de pessoas são cada vez mais realizados pelo transporte ferroviário. Os custos de manutenção das linhas, de transporte e ambientais são muito reduzidos em comparação aos demais meios de comunicação frequentemente utilizados pelo nosso país.

Hoje, com a globalização dos mercados em redes intercontinentais o transporte ferroviário pode ter um futuro risonho, não esquecer que ainda há muito a desenvolver no continente africano ao nível logístico e ao nível do transporte de pessoas.

É um negócio que pode colocar a Europa de novo num lugar privilegiado no tráfego de mercadorias e pessoas.

Com o abandono do projecto da Alta Velocidade e a prioridade atribuída ao tráfego de mercadorias, importa saber quais são os corredores que se impõem para melhor servir as exportações nacionais e mais rapidamente colocar no Centro da Europa as cargas que hão-de chegar aos portos portugueses. E não bastará construir as novas linhas. Igualmente importante será garantir a sua interligação com os portos e as plataformas logísticas.

Em tempo de contenção de custos e de redução de prejuízos, a opção tem passado sistematicamente por reduzir a rede em operação. Coloca-se a questão de saber se não haveria alternativas que evitassem os encerramentos, e se não será possível, ao invés, potenciar a capacidade instalada e utilizá-la até para alimentar uma futura nova rede de Alta Velocidade / Velocidade Elevada.

A redução da oferta de serviços ferroviários, a despensa de efectivos dos operadores públicos, os cortes nos investimentos em infra-estruturas, em material circulante e em tecnologia ferroviário coloca as empresas e os profissionais na necessidade de encontrarem outras saídas. E África, em particular Angola e Moçambique, podem ser boas saídas, tantos são os investimentos para ali previstos na ferrovia e tão grande é a falta de recursos humanos.

Uma verdade indiscutível abona a favor do transporte ferroviário, é o seu nível de segurança e fiabilidade de sinistralidade e elevada eficiência energética.

O futuro está em aberto!.

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