terça-feira, 16 de outubro de 2012

Maldito Graffito


Remontam à Antiga Grécia e ao extinto Império Romano, actualmente designam-a de sarrabiscos, técnica de desenho, pintura rupestre, arte urbana, marca urbana ou simplesmente uma expressão humana no seu quotidiano de vida.
Geram curiosidade a uns, ódio a outros e paixões aos seus autores que frequentemente se fazem manifestar a sua expressão em lugares mais inusitados.

Não tenho uma posição contra esta expressão humana de comunicação, porque considero que toda a expressão humana de comunicação, com vista a passar determinada mensagem, serve para nos despertar a atenção do nosso alheamento global, focando para alguma pormenor da vida que nos escapa, como também pode ser considerado uma arte de desenho/expressão que demonstra criatividade.

Ora, como expressão criativa ou comunicação tem o seu lugar apropriado, não cumprindo o seu objectivo quando por alguns é manifestado em locais que destroem o património privado ou público.

É frequentemente triste, ver monumentos, veículos de transporte públicos, casas ou mobiliário urbano danificados pela sobreposição do dito graffito. São esses inconvenientes locais que afastam a comunidade de apreciar ou valorizar essa expressão escrita como forma de arte. Assim, em vez de acolher simpatia, provoca repúdio e classifica-a de "praga urbana" ou vandalismo dos tempos modernos.

Ao percorrer a nossa linha férrea, somos confrontados massivamente com esta praga que tanto prejudica as composições do material circulante e do património edificado ao longo da linha férrea. Este comportamento acarreta uma enorme despesa, em material e mão-de-obra, na recuperação dos locais vandalizados.

Urge de forma firme, combater esta vertente de expressão nos locais errados com vista a preservar o nosso património e fomentar a mudança de comportamento.

Este combate pode e deve ser realizado também, no seio da família, onde habitam os autores dos graffiti, pela comunidade local que de forma cívica pode influenciar a mudança, pela legislação concreta e eficaz acompanhada por fiscalização apertada das autoridades. O poder local deve estudar os hábitos da sua comunidade e criar locais apropriados para que as comunidades que possam expressar a sua mensagem através do graffiti reforçando positivamente uma mudança de mentalidade na sociedade e criando assim um efeito preventivo.



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